sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A nova telenovela do "prime-time"



Não costumo assistir a novelas, especialmente aquelas estrangeiras, porém, apesar de só ter visto alguns episódios, estou a adorar o enredo da telenovela Freeport, filmada nas belas paisagens do Estuário do Tejo e com pequenas passagens do Sul de França e de Inglaterra, onde os protagonistas gravaram algumas cenas. A trama encontra-se extremamente bem escrita (parabéns ao argumentista!!) com os meandros da política (nomeadamente do Governo), a envolverem-se de tal forma num confuso, mas brilhante, jogo de poder e dinheiro, onde não faltam sequer os lobbies autárquicos. Os actores, alguns conhecidos e já aclamados pelo grande público, outros nem tanto, tornam tão perceptível a realidade portuguesa, que, por vezes, a ficção "confunde-se" (e de que maneira!) com a realidade, com investigações policiais deixadas a meio, grandes figuras de Estado entaladas até ao tutano, entre outras cenas do nosso quotidiano.
Em termos gerais, o filme baseia-se no licenciamento de lotes de terrenos situados em zona protegida (por serem locais de nidificação de aves protegidas) que, como por "milagre" (se querem saber como, vejam o filme, mas dou só uma deixa... são uns quantos sacos azuis...) deixam de o ser, permitindo a edificação de um enorme complexo comercial, que possui as melhores marcas a preços de saldo, todo o ano. Contudo, para que isto aconteça são necessárias diversas reuniões, em que participam autarcas, representantes de sociedades de advogados, membros do governo e também membros de autarquias locais. em que se praticam os tais jogos de poder que influenciam o desenrolar dos acontecimentos. A certa altura, há uma denúncia e as investigações começam, envolvendo diversos organismos a nível nacional e internacional, nomeadamente da Inglaterra.
Depois desta pequena sinopse, espero que comecem a seguir com afinco esta espectacular produção co-realizada pelos 4 canais generalistas portugueses!

1 comentário:

Maria disse...

Vai mas é ver A Favorita, oh homem dos medicamentos.